A tradição filosófica ocidental perpassa por uma concepção invariante na formação da idéia de homem como ser universal. Pois desde os filósofos clássicos até alguns filósofos contemporâneos trata a idéia de homem como um ser universal que se é pensado tanto como “existente” (dasein, existenz ou pour-soi) e como pessoa em sua singularidade biológica.
No entanto cada vez mais que se propõem uma idéia de universalidade centrada no homem em sua relação com a natureza, se torna cada vez mais problemática por meio das ciências naturais. Por isso a mais recente Antropologia Filosófica dentre os contemporâneos propõem a reconhecer uma pluralidade do se que revela ao homem seus sentidos e experiências de seu próprio ser.
Assim a filosofia contemporânea inclina-se a conceber o homem como um ser pluriversal, fazendo uma inversão na direção dos vetores que indicam o lugar ontológico do sujeito:
- A idéia universal converge o vetor para uma reflexão de sujeito-realidade.
- A idéia pluriversal do homem irradia uma nova modalidade, que é a abertura do sujeito ao conhecimento de sua própria ação através das varias regiões do próprio ser.
Lima Vaz, coloca como fonte do esquema pluriversal dois filósofos da atualidade para sustentar tal idéia no que se refere à Antropologia Filosófica Contemporânea e são: Paul Ricoeur e André Jacob.
Paul Ricoeur aponta duas direções para o modelo pluriversal do sujeito humano, cujo seus pontos mais remotos direciona-o a um horizonte que circunscreve o espaço ontológico do homem na sua realidade, que são: o pensamento e a ação.
- Pensamento: Descoberta da ordem da realidade diversificando o saber; fazendo uma experiência de duas ordens da realidade que é a natural e a social e história.
- Ação: Construção da ordem humana através de sua presença no mundo: ou seja, a linguagem, a ação primigênia, o próprio agir e o mundo humano que propõe ao homem uma nova descoberta (paradigma) de valores dos diversos meios sociais (humanismos).
André Jacob constrói uma interrogação filosófica acerca do ser humano, onde ele vê uma maneira cujo corpo é formado de uma massa homogenia (monolítica) e semelhante entre suas partes (homogenia) para determinar o ser humano como pluriversal. Pois para Jacob o “universo filosófico” que organiza as “problemáticas contemporâneas” adota um esquema da pluriversidade da estrutura que emite a pergunta filosófica, onde ele coloca o homem em diversas direções: (o metafísico, o ético, o social, o natural, o lógico, o estético e o fundamental). Sendo que a razão da pluriversidade do lugar do homem no espaço do ser, é a analise e a interrogação do ser sobre si mesmo, que irradia todas suas dimensões enquanto ser.
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