quarta-feira, 26 de maio de 2010

FREUD E O INCONSCIENTE

O conceito de inconsciente introduzido por Freud baseia-se em uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. É preciso diferenciar inconsciente, sem consciência, de inconsciente, conforme elaborado por Freud, que diz respeito a uma instancia psíquica basilar na constituição da personalidade.

Freud procurou explicar o operacional do inconsciente e propôs uma estrutura particular. Dividiu-o em três partes : Id, Superego e Ego – estabelecendo uma nova teoria.

Quando o Ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele.

Freud estava especialmente interessado na dinâmica destas três partes da mente. Argumentou que essa relação é influenciada por fatores ou energias inatas, que chamou de pulsões. Descreveu duas pulsões antagônicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e Tanatos, a pulsão da morte. Esta última representa uma moção agressiva, apesar de às vezes se resolver em uma pulsão que nos induz a voltar a um estado de calma, principio de nirvana ou não existência.

O Ego equilibra nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É uma instância na qual se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o Id e o Superego; obedece à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao Id sem Transgredir as exigências do superego. É a parte mais superficial do indivíduo.

O Superego, a parte que contra – age ao Id, representa os pensamentos morais e éticos. É inconsciente, é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao Id, impedindo-o de satisfazer plenamente os seus instintos e desejos. É a repressão, particularmente a repressão sexual. Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do “eu ideal”, isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa.

O Id representa os processos primitivos e constitui o motor do pensamento e do comportamento humano. Contém nossos instintos, pensamentos e desejos inconscientes de caráter sexual e perverso, regidos pelo principio do prazer, é a libido. É o reservatório de energia psíquica que comporta nossas pulsões.

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