terça-feira, 20 de julho de 2010

Em sociedade

“A época moderna, com sua crescente alienação do mundo conduziu a uma situação em que o homem onde quer que vá, encontra apenas a si mesmo”. H. Arendt

Este pensamento assinado pela filosofa alemã Hannah Arendt, demonstra bem o estado de relativa pobreza em que se encontrava a humanidade. Com tanta coisa na natureza para se observar e sentir – a luz na água , o movimento nas nuvens, o desenho das montanhas – o que o ser humano olhar apensa para si mesmo

Em sua volta, há um universo rico em estímulos e oportunidades, despertados pelos fenômenos da natureza , pelas inúmeras espécies de com seus diferentes coloridos e texturas, e outros indivíduos , que trazem consigo suas histórias e esperanças. Toda essa riqueza tem ficado um pouco apagada, submersa em um mundo cheio de objetos, propaganda, tecnologia, embalagens e ruídos, que vendem também a ilusão de felicidade quando se adquire determinado bem ou serviço.

Assim tem sido nas ultimas décadas. Com o avanço da tecnologia, foram criadas novas ferramentas para difusão desses valores e ideias , chegando por to dos os meios, enchendo olhos e ouvidos: ondas dos rádios e TVs, outdoors, celulares, panfletos, internet. Em meio a tanto barulho , ás vezes , as pessoas se perdem e não param de pensar sobre o ambiente em que vivem . E tampouco para perceber o que fazer para melhorar ou piorar o seu espaço.

“Se puder olhar, veja. Se puder ver, repare”,recomenda o escritor português José Saramago, na abertura de seu livro “Ensaio sobre a Cegueira”.Esta é uma grande mensagem , principalmente para quem quer experimentar relações mais próximas e solidárias.Para ver melhor , é preciso mudar de perspectiva, tomar outra posição, colocar-se no lugar do outro.

Assim se adquire uma postura ética diante da vida: ver com os próprios olhos, refletir sobre suas atitudes e respeitar o outro e os princípios que regem a vida de sua comunidade.

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